quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

JUVENTUDE FENÔMENOS FÍSICOS E O SURGIMENTO DO ESPIRITISMO

CASA ESPIRITA MARIA DE NAZARÉ
JUVENTUDE ESPIRITA MARIA DE NAZARE - JEMN

EVANGELIZADOR : Josi  Barbosa           AUXILIAR: Dani Arruda   
CICLO: 13 a 15 anos                                     DATA: 30 de Maio de 2010

TEMA: FENÔMENOS FÍSICOS  E O SURGIMENTO DO ESPIRITISMO

OBJETIVO : Instruir o jovem sobre os fenômenos que antecederam a história da Doutrina Espírita , como ela nasceu  , quem foi o codificador e a diferença entre ser Espírita e Espiritualista.

ROTEIRO:

PRECE INICIAL
1. INTRODUÇÃO : 5 minutos

Dizer aos jovens que temos um jornal para apresentar chamado “O REFORMADOR”, mas que precisamos de equipes para redigir e apresentar 4 reportagens.

2. DESENVOLVIMENTO –  20 min
Dividir a turma em 4 equipes  e entregar a cada um texto onde eles deverão trabalhar e produzir a reportagem que será apresentada em 30 minutos. Cada reportagem deverá ter 5 minutos de duração.
Elaboração das reportagens pelas equipes
 ATIVIDADE  30 min
Apresentação das reportagens pelas equipes, aproveitando para fazer apontamentos e tirar dúvidas sobre o assunto.
     4. CULMINÂNCIA – 10 min

    Encerrar fazendo comentário de cada reportagem apresentada

ANEXOS: 

MATERIAL : Ofício, Lápis , Cartaz com nome do Jornal

BIBLIOGRAFIA: O Livro dos Espíritos – O Livro dos Médiuns - Site : www.espírito.org.br



ANEXOS:

               As irmãs Fox e os fenômenos de Hysdesville - Capítulo 4 – Livro ABC do Espiritismo – Victor Ribas Carneiro

Foi num pequeno vilarejo do estado de New York que se deram, no século XIX, os mais extraordinários episódios, provocados pelo plano espiritual.
Trata-se de Hydesville, que fica situada cerca de vinte milhas de Rochester. Naquela época, era constituída por grupos de casas de madeira, quase todas de tipo humilde.
No dia 11 de dezembro de 1847, John Fox, pertencente à igreja Metodista, alugou uma dessas casas, para residir com a família, que se compunha, além da esposa Margareth Fox, de mais três filhas: Kat, de onze anos; Margareth, de quatorze, e Leah, que residia em Rochester, onde lecionava música.
No ano seguinte, isto é, em 1848, começaram os ruídos de arranhaduras, que se foram intensificando, cada vez mais, a ponto de a família Fox não ter mais sossego, dentro de casa.
Esses "raps" começaram a ser notados, com mais freqüência, a partir de meados de março daquele ano.
As meninas, diante de tanto barulho, ficavam tão alarmadas que não queriam mais dormir sozinhas. Investigações de toda natureza foram realizadas por seus pais, mas nada conseguiram descobrir. Os fenômenos eram mesmo estranhos.
Finalmente, na noite de 31 de março, houve uma saraivada de sons muitos altos e continuados. Kat Fox, na sua inocência de criança, desafiou a força invisível para que repetisse os estalos de seus dedos, no que foi imitada. Depois, Kat dobrou os dedos, sem fazer ruído, e o arranhão respondia. Ficou, dessa forma, constatado que, aquela força estranha, não só ouvia, como também via. Sua mãe teve então a idéia de fazer algumas perguntas, cujas respostas foram dadas por meio de pancadas.
"Sois um ser humano?" perguntou Mrs. Margareth.
Não houve resposta.
"Sois um Espírito? Se sois batei duas pancadas."
Duas pancadas foram dadas pelo Espírito.
Estava, assim, estabelecida a telegrafia espiritual, naquela memorável noite de 31 de março de 1848.
Foi um vizinho dos Fox, de nome Duesler, que teve, pela primeira vez, a genial idéia de usar alfabeto para obter as respostas por meio de arranhões nas letras. Dessa forma, revelou-se que o Espírito batedor fora Charles B. Rosma, mascate assassinado, havia cinco anos, pelo antigo inquilino daquela casa, e que seu corpo se encontrava sepultado no porão.
Mais tarde, pelo depoimento prestado por Lucretia Pulver, que fora empregada de Mr. e Mrs. Bell, que ocuparam a casa, havia quatro anos, soube-se que, realmente, ali esteve um mascate, o qual passou a noite com suas mercadorias. Nessa noite seus patrões disseram-lhe que podia ir para casa. Diz ela:
"Eu queria comprar apenas umas coisas do mascate, mas não tinha dinheiro comigo; ele disse que me procuraria em nossa casa na manhã seguinte e m’as venderia. Nunca mais o vi. Cerca de três dias depois eles me procuraram para voltar. Assim voltei..."
"Pouco tempo depois Mrs. Bell me deu um dedal, que disse haver comprado do mascate. Cerca de três meses depois eu a visitei e ela me disse que o mascate havia voltado e me mostrou outro dedal, que disse ter comprado a ele. Mostrou-me outras coisas que disse também tinham sido compradas a ele."
Como se vê pelo depoimento de Lucretia Pulver, Charles B. Rosma foi, realmente, o mascate assassinado e sepultado naquela casa.
Cinqüenta e seis anos mais tarde, isto é, em 1904, encontrou-se o esqueleto de um homem na parede da casa que fora ocupada pelos Fox.
Primitivamente, o criminoso teria sepultado Rosma no porão, mas temendo fosse descoberto, transportou-o para a parede, lugar que julgava mais seguro. Daí porque, nas escavações procedidas na sepultura original, foram encontrados apenas alguns vestígios deixados pelo cadáver.
Quanto a identidade do morto, paira certa dúvida. É possível que seu verdadeiro nome fosse outro.
Como sabemos, muitas vezes são transmitidas mensagens corretas, associadas a nomes trocados. No caso em questão, os Espíritos que dirigiam esses fenômenos não teriam permitido fosse pelo Espírito de Rosma revelada sua verdadeira identidade, como se depreende pelas respostas dadas a algumas perguntas a ele formuladas.
Quando Duesler perguntou:
"Foi assassinado?" Resposta afirmativa.
"Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta.
"Pode ser punido por lei?" Nenhuma resposta.
"Se seu assassino não pode ser punido por lei, dê sinais." As batidas foram claras.
Isto significa que nem tudo os Espíritos podem revelar.
Possivelmente, o nome dado pelo Espírito, Charles B. Rosma, fosse puramente convencional para que não levassem seu verdadeiro assassino à barra dos tribunais.
De qualquer forma, o fato chamou a atenção dos homens de ciência da época, constituindo-se, em 1851, em New York, uma comissão, sob a presidência de John Worth Edmonds, para estudar os fenômenos.
os Estados Unidos, o movimento espiritualista espalhou-se pela Europa, recrutando, preferentemente, os homens mais ilustres da época.
Estava, assim, lançada, pelo plano espiritual, a base para a Codificação do Espiritismo, que seria, dentro de poucos anos, realizada pelo insigne missionário Allan Kardec.






               Allan Kardec e sua obra - Capítulo 5 - – Livro ABC do Espiritismo – Victor Ribas Carneiro

Hippolyte Léon Denizard Rivail – Allan Kardec – nasceu na cidade de Lyon, na França, a 3 de outubro de 1804.
Iniciou os estudos na sua terra natal. Aos doze anos de idade foi para Yverdun, na Suíça, onde, sob a direção do célebre professor Pestalozzi, aprimorou seus conhecimentos, chegando mesmo a substituir, muitas vezes, o grande mestre, quando este se afastava do instituto, para atender a outros compromissos, fora.
Kardec fez, também, um curso de línguas. Conhecia o alemão, o inglês, o italiano, o espanhol, o holandês e possuía ainda sólida cultura científica.
Publicou vários trabalhos importantes, na época, tais como: "Curso Prático de Aritmética", "Gramática Francesa Clássica", "Manual de Exames para os títulos de capacidade", "Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia e Fisiologia", "Catecismo Gramatical da língua francesa para os iniciantes do idioma" e outros trabalhos didáticos.
Além dessas obras, citaremos as da Codificação espírita, que são as seguintes:
Em 18 de abril de 1857 – O Livro dos Espíritos.
Em janeiro de 1861 – O Livro dos Médiuns.
Em abril de 1864 – O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Em agosto de 1865 – O Céu e o Inferno.
Em janeiro de 1868 – A Gênese.
Estas cinco obras constituem o chamado Pentateuco espírita.
Kardec escreveu, ainda, "O que é o Espiritismo", "O Principiante Espírita" e "Obras Póstumas", que foram publicadas após sua morte. Fundou também a "Revue Spirite", em janeiro de 1858, que editou até o ano de 1869.
Os Espíritos revelaram que Allan Kardec vivera, em uma de suas encarnações, na Gália, e seu nome era o pseudônimo por ele usado agora, e que em outra encarnação, fora João Huss, condenado a 6 de fevereiro de 1415 e executado nas fogueiras da inquisição, porque pregava contra a injustiça daqueles que detinham o poder nas mãos.
Em 1854, Kardec ouvira falar das chamadas mesas girantes. Seu amigo Fortier, que estudava magnetismo, disse-lhe que acabava de descobrir uma nova propriedade magnética: as mesas, além de girarem, também respondiam perguntas a elas formuladas.
Kardec revida esta afirmativa, dizendo: "Só acreditarei se me provarem que as mesas têm um cérebro para pensar e nervos para sentir. Enquanto isso, permita-me considerar esse fato como uma história fabulosa".
Carlotti, outro amigo seu, faz-lhe referência sobre a comunicação dos Espíritos; o Mestre torna-se, agora, interessado no assunto. Vai a casa da Sra. Planemaison e, através de sua mediunidade de efeitos físicos, verifica que, realmente, as mesas falam. Rende-se ele à evidência dos fatos. Mas não parou aí. Viu nesse passatempo alguma coisa de importante. Precisava investigar e descobrir as causas que davam origem a esses interessantes fenômenos.
Através da faculdade das meninas Baudin, viu a escrita por intermédio da cesta. Por esse processo eram dadas respostas, com exatidão, às perguntas formuladas aos Espíritos. Não havia dúvida: estava mesmo diante de um fato novo, que merecia carinhoso estudo. Passou, então, a fazer observações através do método experimental, pois havia percebido que os fenômenos eram produzidos pelos Espíritos dos que já viveram na Terra.
E, assim, pelas informações prestadas por essas entidades comunicantes, Allan Kardec escreveu "O Livro dos Espíritos", obra básica da doutrina Espírita.
Acresce esclarecer, ainda, que essa monumental obra não foi concebida por um filósofo ou ditada por um Espírito: ela é o resultado das revelações de muitos Espíritos, todas concordantes, vindas por diferentes médiuns, em lugares diversos.
Essas comunicações passavam pelo crivo da razão do Codificador, que as analisava, comparava, discutia e só as aceitava depois de verificar que se achavam isentas de quaisquer dúvidas.
Allan Kardec recebeu a notícia de que estava encarregado da Codificação, pela médium Srta. Japhet, tendo seu guia lhe dito:
"Não haverá diversas religiões nem há mister senão de uma, que é a verdadeira, grande e digna do Criador... Seus primeiros fundamentos já foram lançados..."
"Haverá muitas ruínas e desolações; são chegados os tempos para a renovação da humanidade."
Como se vê, Kardec fora, realmente, escolhido pelo Cristo para o cumprimento da sublime missão de codificar o Espiritismo. E a escolha não poderia deixar de ser esta, uma vez que o Mestre possuía todas as qualidades indispensáveis ao cumprimento dessa grande e árdua tarefa.
Além de filósofo, benfeitor e idealista, era dotado de um coração boníssimo, o que lhe dava condição para o cumprimento do lema da Doutrina nascente: Fora da caridade não há salvação.
Por motivo de um aneurisma e esgotado pelo exaustivo trabalho realizado em tão pouco tempo, o grande missionário de Lyon veio a desencarnar no dia 31 de março de 1869.
À beira da sua sepultura, Flammarion, seu fiel seguidor, pronunciou estas palavras: "Ele porém era o que eu denominarei simplesmente o bom senso encarnado".
Concluindo este capítulo, em o qual apreciamos rapidamente a obra incomparável de Kardec, lembremos de que ele não morrera, passara para a espiritualidade após cumprir a gloriosa missão que lhe fora confiada, legando à posteridade a imortal obra da Codificação, segundo os planos traçados por Jesus, diretor de nosso Orbe.

               Da diferença entre Espiritismo e Espiritualismo -  Capítulo 1 - Livro ABC do Espiritismo – Victor Ribas Carneiro

É muito comum afirmar-se que ser espiritualista é a mesma coisa que ser espírita ou espiritista. Aqueles que assim pensam dão prova de que desconhecem os fundamentos da Doutrina Espírita. Há outros que, ao serem interrogados sobre a religião a que pertencem, embora sejam espíritas militantes, vacilam e dão esta resposta: Sou espiritualista.
De duas uma: ou respondem assim porque desconhecem a diferença que há entre a Doutrina Espírita e as doutrinas espiritualistas, ou porque temem confessar a qualidade de espírita convicto. Acham que, afirmando serem espiritualistas, eximem-se de quaisquer responsabilidades, no tocante à religião, diante da sociedade a que pertencem. É a isto que se chama "covardia moral".
É preciso que se saiba que "todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas".
Embora seja a Doutrina Espírita uma doutrina espiritualista, por excelência, é necessário fazer-se distinção das demais correntes espiritualistas.
Para exemplo, tomemos a Umbanda, seita muito divulgada no Brasil.
Será a Umbanda doutrina espiritualista?
Sim, é doutrina espiritualista, porquanto estabelece a comunicação entre os vivos e os chamados mortos, admitindo, conseqüentemente, a sobrevivência do Espírito após a morte do corpo físico; admite sua evolução através das vidas sucessivas e crê no resgate, pela dor, das faltas cometidas em existências anteriores.
Por essas características, não há dúvida alguma tratar-se a Umbanda de uma doutrina essencialmente espiritualista. Mas, por outro lado, será ela Doutrina Espírita ou Espiritismo?
Não. A Umbanda não pode ser considerada Doutrina Espírita porque admite cerimônias litúrgicas, entre elas a do casamento e a do batizado; é litólatra, porque adota nos seus trabalhos imagens dos chamados "santos" (a palavra litólatra vem de litolatria, que é a adoração das pedras), e é também fitólatra, porque faz uso de ervas para defumações, além de outros ritos (a palavra fitólatra vem do grego phyton "planta"; o segundo elemento, latra, provém do verbo grego latrein "adorar"). Mas o Espiritismo não tem ritos de espécie alguma.
Como se vê, por estas observações ficou demonstrada a diferença existente entre a Doutrina Espírita e uma das doutrinas espiritualistas, que é a Umbanda, doutrina esta que tem, face aos seus dogmas e ritos, bastante afinidade com o Catolicismo, também considerado espiritualista, porque admite a existência de Deus e de entidades espirituais que sobrevivem após a desencarnação.








               As Mesas Girantes

A história das irmãs Fox se divulgou rapidamente, e de todas as partes tiveram lugar manifestações do que se chamava então de telegrafia espiritual. Cansou-se logo desse procedimento tão incômodo, e os próprios batedores indicaram um novo modo de comunicação. Era necessário simplesmente se reunir ao redor de uma mesa, colocar as mãos em cima, e em se erguendo, enquanto se recitava o alfabeto, a mesa bateria um golpe a cada uma das letras que o Espírito queria dar. Esse procedimento, se bem que muito lento, produzia excelentes resultados, e se tinha, assim, as mesas girantes e falantes.
É preciso dizer que a mesa não se limitava a se elevar sobre um pé para responder às questões que se lhe colocavam; ela se agitava em todos os sentidos, girava sob os dedos dos experimentadores, algumas vezes se elevava no ar, sem que se pudesse ver a força que a mantinha assim suspensa. De outras vezes as respostas eram dadas por meio de pequenos golpes, que se ouviam no interior da madeira. Esses fatos estranhos chamaram a atenção geral e logo a moda das mesas girantes invadiu a América inteira.
A mesa ensinou um novo procedimento mais rápido. Sob suas indicações, se adaptou a uma prancheta triangular três pés munidos de rodinhas, e a um deles, se prendeu um lápis, colocou-se o aparelho sobre uma folha de papel, e o médium colocava as mãos sobre o centro dessa pequena mesa. Via-se então o lápis traçar letras, depois frases, e logo essa prancheta escrevia com rapidez e dava mensagens. Mais tarde ainda, se percebeu que a prancheta era de fato inútil, e que seria suficiente ao médium colocar sua mão com um lápis sobre o papel, e o Espírito a fazia agir automaticamente.
Ao lado das pessoas frívolas, que passavam seu tempo interrogando os Espíritos sobre seus problemas amorosos, ou sobre um objeto perdido, espíritos sérios, sábios, pensadores, atraídos pelo ruído que se fazia em torno desses fenômenos, resolveram estudá-los cientificamente, para colocar seus concidadãos em guarda contra aquilo que chamavam de uma folia contagiosa. Em 1856, o juiz Edmonds, jurisconsulto eminente que gozava de uma autoridade incontestável no Mundo Novo, publicou uma obra sobre as pesquisas que havia empreendido com a idéia de demonstrar a falsidade dos fenômenos espíritas; o resultado final foi diametralmente oposto e o juiz Edmonds reconheceu a realidade dessas surpreendentes manifestações. O professor Mapes que ensinava Química na Academia Nacional dos Estados Unidos, se entregou a uma investigação rigorosa que terminou, como a precedente, em uma constatação arrazoada, segundo a qual os fenômenos eram devidos à intervenção dos Espíritos. Mas o que produziu maior efeito, foi à conversão às novas idéias do célebre Robert Hare, professor da Universidade da Pensilvânia, que experimentou cientificamente o movimento das mesas e consignou suas pesquisas, em 1856, em um volume intitulado: Investigações experimentais da manifestação Espírita.
Desde então, a batalha entre os incrédulos e os crentes se engajou a fundo. Escreventes, sábios, oradores, homens da igreja, se lançaram na refrega, e para dar uma idéia do desenvolvimento tomado pela polêmica, é suficiente recordar que já em 1854, uma petição assinada por 15000 nomes de cidadãos, tinha sido apresentada ao Congresso sediado em Washington rogando nomear uma comissão encarregada de estudar o “moderno espiritualismo” (este o nome dado na América ao Espiritismo). Essa demanda foi repelida pela assembléia, mas o impulso tinha sido dado e viu-se surgir sociedades que fundaram jornais onde se continua a guerra contra os incrédulos. Em 1852, teve lugar em Cleveland o 1º Congresso “Espírita” (a palavra ainda não tinha sido inventada). Os Espíritas americanos enviaram à comitiva do Congresso médiuns da velha Europa. Tinham feito girar as mesas na França desde 1853. Em todas as classes da sociedade não se falava senão dessa novidade; Não se abordava quase nada sem a pergunta sacramental: “Bem! Você faz girar as mesas?” Depois, como tudo que é da moda, após um momento de graça, as mesas cessaram de ocupar a atenção, que se transferiu para outros assuntos. Essa mania de fazer girar as mesas teve todavia um resultado importante, que foi o de fazer as pessoas refletirem muito sobre a possibilidade das relações entre mortos e vivos.
Em 1854, se contava então mais de 3.000.000 de adeptos na América e uma dezena de milhares de médiuns. Os adeptos se tornaram igualmente numerosos na França, mas faltava uma explicação verdadeira, teórica e prática, do estranho fenômeno. É nesse momento que Allan Kardec que se interessava havia trinta anos pelos fenômenos ditos do magnetismo animal, do hipnotismo e do sonambulismo, e que não via nos novos fenômenos senão um ‘conto para dormir em pé’ assistiu a várias sessões espíritas, a fim de estudar de perto o fundamento dessas aparições. Longe de ser um entusiasta dessas manifestações, e absorvido por suas outras ocupações, estava a ponto de os abandonar quando lhe remeteram cinqüenta cadernos de comunicações diversas recebidas durante cinco anos e lhe pediram que as sintetizasse : assim nasceu o Livro dos Espíritos.André Moreil escreveu que, estudando pelo método positivista e codificando o Espiritismo, « Allan Kardec o salvou do perigo de ser uma simples fantasia, um divertimento de salão. »

                        É bom anotar:

·      As mesas eram movidas por uma força inteligente.
·      Essa inteligência se designava a si mesma sob o nome de « Espírito ».
·      A moda das « Mesas Dançantes » teve por efeito fazer numerosas pessoas refletirem e desenvolver consideravelmente a nova idéia.
·      O próprio Allan Kardec era, no início, muito cético face aos fenômenos Espíritas.

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